domingo, 27 de março de 2016

59 - Ondas da Música

________________________________________
Fotografia de  Michael De Guzman
________________________________________


“A estupidez é algo de inamovível; nada a ataca sem se quebrar. Ela é da natureza do granito, dura e resistente”.
Gustave Flaubert


(ZIP)    (MP3



59 – Ondas da Música   

01 – Quentin Sirjacq – “Memory 6” (00:30)
02 – Desert of Hiatus – “We Came Back” (07:33)
03 – Matthew Florianz – “The Valley of Shadows” (08:33)
04 – Alexander Arnold – “Starlights” (11:57)
05 – Joseph Sannicandro – “Cafe Quito” (14:45)
06 – Alexander Arnold – “Opus 5” (15:35)
07 – Aaron Martin – “The Circle Closes” (18:28)
08 – Kleefstra-Bakker-Kleefstra – “Oant Safier (edit)” (21:08)
09 – ambientsketchbook – “Step Into the Light” (28:16)
10 – ambientsketchbook – “Andromeda” (31:23)
11 – Go Run Donkey Hot! – “Intros” (36:18)
12 – Brother Saturn – “Escapism” (38:26)
13 – Echoes of Silence – “The Road Ahead” (48:50)
14 – Echoes of Silence  –  “Until Spring Comes Again” (52:15)
15 – If This Is A Man – “Shame” (56:54)


>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>> 
Os meus Vídeos no You Tube:
Colaborador da Rádio Etiópia: 
Visite-me no agregador phase 108.1: 

>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>> 

domingo, 13 de março de 2016

Ondas da Música - # 38 - Interlúdio


_________________________________________
Fotografia do filme Sono de Inverno
_________________________________________


CRÍTICA

“…É surpreendente como o tempo passa e não sentimos que todo aquele tempo é desnecessário…há filmes que, tal como certos momentos do nosso viver, merecem tempo para absorvermos pormenores, situações que de outra forma soariam a vazio… Deambulamos por este filme e encontramos paisagens colossais: a brancura preenche o ecrã e ficamos naquele espaço, numa letargia que só a neve sabe inculcar… Deambulamos por este filme e vamos ao encontro de nós mesmos carregados de anseios, medos, preconceitos e soberba. Olhamos para aquela tela e no confronto entre as personagens, no diálogo entre dois irmãos, no diálogo entre o casal protagonista, existe um pouco de nós… Se o tempo do filme nos assusta, é precisamente desse tempo longo que o filme vive, já que é esse o tempo necessário para nos aproximarmos daquelas personagens porque aquele é o tempo real, porque o tempo real do confronto é longo…a vida, tal como os nossos diálogos que vão ao encontro do tudo e do nada faz-se de tempo, quantas horas tecidas em torno de conversas passámos à volta de uma mesa? Este filme é, sem dúvida, sobre estas questões, sobre as ideias tecidas entre duas pessoas que se amam, sobre o afastamento que existe entre dois seres, sobre a incapacidade que temos de ser iguais ao outro por mais vida que tenhamos ao seu lado. A vida, enquanto confronto vivo, enquanto inquietude constante, enquanto incapacidade para que o outro nos veja da forma que quereríamos que nos visse está naquela tela… Este é cinema do mais real que podemos ver e foi por isso que, ao sair daquela sala, não saí sozinha pois aqueles confrontos, aquela solidão é também minha, é também nossa…

Patrícia Mingacho, in Público 01/02/2015


(ZIP)             (MP3)



SONS

01 – Spokane – “Building”
02 – Trailer do filme “Sono de Inverno”
03 – André Barros – “Circustances”

Autor: Elder Almeida